quarta-feira, 18 de maio de 2011

Роде




I
- Inquieto, acuado, cansado.

O espírito se fecha, abraçado
Às próprias pernas como se
Estivesse em uma conha...
Como se buscasse o útero
Da Grande Mãe para se abrigar.

II - Medo, tristeza, revolta.

O espírito grita porque
Não consegue chorar.
O espírito se cala porque
Está cansado de gritar.
O espírito quer descansar...

III - Mágoa, ressentimento, sufocamento

Um amor morrendo,
Uma amizade acabando.
A energia, antes presente,
Está se esgotando.
A visão de um belo anjo
Se torna a marca do demônio.

IV - Por que comigo?

"Por que é assim?
Por que deixou acontecer?
Por que me sinto estranho?
O que faço? Onde é o meu abrigo?
Ah...eu quero sumir, descansar...
Ah...eu quero tão somente chorar..."

V - A luz dos anjos se abateu sobre mim.

Eu sou um espírito que busca ordem e paz.
Eu sou o espírito que procura sua outra face.
Eu sou o espírto, dantes caótico, agora apaziguado.
Ouvi o canto dos anjos e recebi a magia da bruxa...
Eu busco a minha face sem sexo, sem medos,
Eu busco a minha face não mais infante, inda uma criança...

VI - Eu sou o espírito

Eu sou o espírito dançante.
Eu sou o espírito mutável.
Eu sou o espírito maleável,
Maleável como o ar.
Eu sou o espírito em uma concha.
Eu sou o espírito presente e invisível.
Eu sou o espírito conselheiro,
Eu sou o espírito - escudo...
Eu sou o protetor que precisa ser protegido.

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