segunda-feira, 16 de maio de 2011

Insanidade VI


E eu sentia que estava em queda livre,
Indo de encontro ao buraco negro em mim mesmo.

"O que há de se fazer? É melhor aceitar e apreciar a vista enquanto ainda há luz..."

Acho que vi tudo o que gostaria de ver,
Senti todos os perfumes do mundo,
Senti todos os sabores possíveis,
Ri como Arlequim, chorei como o Pierrot.
Tudo isso em plena queda...

Meu corpo pareceu esmaecer-se
E me senti como um fantasma...
Leve, invisível e sem lugar
Neste mundo ou em outro mundo.

Mas meus ouvidos ouviram o caos dizer
"Obrigado", "amigo", "dezão", "amore", "sage", "especial", "ensinar", "aprender", "irmão"...
E asas apareceram em minhas costas... eu planei
Até pousar no solo úmido e macio.

Meus olhos se abriram e eu me encontrava seguro,
Com a minha camisa de força e na minha cela acolchoada.
A porta se abriu e vi 3 belos rostos e minha frente.
Aquelas faces não abriram a boca... somente sorriram
E os sorrisos me confortaram, fizeram a minha queda...
Claro! As asas nada mais eram do que palavras
E o solo nada mais era do que aquelas 3 criaturas!

Claro! Claro! Claro! Como sou burro! Como não vi antes?
Aqueles 3 sorrisos vieram dos meus anjos... os 3 anjos
Que me mantém seguro e confortável!
O Anjo Amabilidade, o Anjo Luz e o Anjo Humano... minha tríplice!

Minha cela e minha insanidade fazem com que eu veja tudo...

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