segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O Grito


Só tenho vontade de gritar, como o Diabo deve ter gritado ao ser banido do céu pelo próprio Pai de amor infinito.
Só tenho vontade de gritar, como Deus deve ter gritado quando viu que suas crias são imperfeitas,
Traiçoeiras como a serpente do Éden e quando ele viu que falhou miseravelmente no que fez
Gritar com um fôlego sobrenatural (pois o meu já se esgotou), em uma frequência que fará com que me ouça e que seus ouvidos explodam em sangue logo em seguida! É...ver você sangrar seria perfeito...eu me deliciaria profundamente com isso. Gostaria de ver você chorar, como eu tenho vontade.

De sua boca só recebo sarcasmo e ironia, quando gostaria...não...quando PRECISO só de palavras de conforto. Nem tanto destas palavras, mas de ser ouvido como fiz várias vezes por tantos e por você também.

Me cansei de sua ironia quando eu digo algo que te incomoda, da sua incapacidade de me compreender quando preciso e da sua capacidade de compreender quando ela é dispensável (pois nestas horas, eu quero outras coisas, talvez até fúteis, mas não a compreensão).

Gostaria de gritar em uma frequência inumana e ouvir suas células, tecidos e o espírito romperem.

Grito que amo-te com tanto ódio.

Grito que isto não é eterno e que você pode matar o sentimento a cada vez em que me dá beijos ácidos como vinagre em vez de beijos doces como o mel que sei que há em você....


*Palavras confusas de um perturbado*

3 comentários:

  1. Amei o texto me fez refletir ^^

    Boa semana

    ResponderExcluir
  2. "Grito que amo-te com tanto ódio."

    As palavras não estão confusas, mas a mente de quem as escreve.
    Muito bom esse!

    ResponderExcluir

Mostre sua alma!