sexta-feira, 22 de agosto de 2014

É Assim...

No prazer do silêncio,
Eu descubro que amo
Infinitamente a mim mesmo.

Ao mesmo tempo, odeio
Cada centimentro de
Pele e de sentimento em mim.

Neste contraste sem fim,
Percebo que sou mesmo assim
E que não viveria sem mim.

Talvez seja verdade que
Eu não devesse ser assim,
Porém que há de julgar-me
Um sujeito ruim?

Dentro desta casa ora bela,
Ora fera, está oculta uma tela
Que é preenchida com a
Implacabilidade e com a suavidade
Do tão irrefreável tempo.

É bem verdade que esboço
Tantos tipos de sorrisos,
Pois também almejo ser
Um mortal benquisto.

Outrossim, praguejo aos
Quatro ventos para que
As almas pensem duas
Vezes antes de realizar
Um duvidoso intento.

E como nem só de vivas
Cores vivem os homens,
Também apresento-me
Em sépia ou cinza mas
Peço que não se
Preocupe ou se aflija.

É fato que nem só de luz
Vivem os belos anjos,
Que após tantos anos,
Rasgaram os panos e
Revelaram sua virtude
De nos levar aos céus.

Não sei como surgiu
Este torpe e tosco
Devaneio...
Decerto Habita no
Seio de todo e qualquer
Mortal que, ciente de que
Terá um final, relegou ao
Segundo plano o Pai Celestial
E foi viver sua vida
Terrena... esperançoso
De que ela seja plena.
Afinal, "tudo vale a pena quando a alma não é pequena."

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