quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Tritão
Penetrando fundo na imensidão
Do azul do mar, há um tritão.
Sua longa cauda esverdeada
É sutilmente decorada
Com as mais belas conchas
Trazidas pelas ondas.
Por entre os recifes
De corais, à beira do cais,
Ele sopra sua ocarina, feita
De areia fina embebida em nácar.
O Tritão sopra a ocarina
E as notas dançam ao sabor
Do marítimo vento.
Canta, Tritão, o seu
Mais profundo lamento.
Tão belo Tritão, que
Olha a costa repleta
De barcos que, dentro
De seus cascos, trazem
Belos marinheiros.
Tritão de voz suave.
Voz bela e suave que
Ecoa ao fim da tarde,
Embalando o sono do Sol
Que deita atrás penhasco
Iluminado pelo farol.
Tritão que possui a
Imensidão do mar e
Que dele fez seu lar.
Belo Tritão que, em
Todo crepúsculo, põe-se
A lamentar pela falta
De sorte pois na praia
Não pode caminhar.
O Tritão, com lágrimas
Nos olhos anacarados,
Acena triste para o
Grande veleiro,
Desejando ter tocado
-Ao menos uma vez-
O seu amado marinheiro.
* Imagem retirada de http://anemoritos.deviantart.com/art/Necul-Triton-300953557 *
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