segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Anima et Animus in Ego


É como uma explosão latente...

Me sufoca tanto, que gostaria que de ter uma espada a seccionar-me
Ao meio, mostrando o interior.
Talvez uma lança que me perfurasse, fazendo jorrar, por um único
Orifício, todos os fluidos do meu corpo.

Quem sabe uma simples máscara infantil a cobrir meu rosto? Tudo
Isso para justificar naturalmente os meus atos!

Ah, que vontade de chorar por querer o que me é intangível,
Talvez impossível...impossível de tangir.

Sofro imensamente com isto, mas há um sadismo de minha parte,
Pois vejo-me sofrer e adoro isso... o que implica em masoquismo.
Sim, masoquismo, meus caros! Sofro e gozo intensamente (com)
Este sofrimento bizarro.

Acho que minha alma grita, mas minha concha é mais forte
E abafa os gritos...
Enquanto isso, escorre o sangue, escorre o sêmen, escorre a vida
Escorre o tempo.

Quem sabe minha alma escorra pelos poros, um dia desses?

Deveria abandonar tudo isto, parar de sofrer, mas não quero...
O prazer da auto-punição é intenso! Ver meu sangue e meu sêmen
Escorrerem ao mesmo tempo é algo prazerosamente divino...

2 comentários:

  1. Incrivel, cheio de desejos ocultos, que geram uma aflição, uma agonia.

    "alma ecorrendo pelos poros" que lindo <3

    Sim, sim! O prazer dessa tortura é realmente algo inevitável, mas normalmente sempre vem recompensado por algo bem mais prazeroso depois. :}

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  2. "Acho que minha alma grita, mas minha concha é mais forte
    E abafa os gritos..."
    *-*

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