terça-feira, 8 de junho de 2010

Ícaro Sol


Ícaro perdeu as asas, derretidas pelo Sol. À noite, deitado na areia, ele olha o céu, repleto de fragmentos de brilhantes, as nuvens fofas onde Apolo esconde o Sol e a cúpula azul-enegrecida da esfera celeste, como se houvesse mais um domínio de Poseidon acima da cabeça Daquele Que Perdeu As Asas.

Ícaro gostaria de tocar os céus uma vez mais, voar entre as nuvens, se aquecer no brilho estrelar, porém fora imprudente e agora perdera sua liberdade...

Ártemis, que observava o mortal, intensifica o contraste da Lua e das estrelas, para confortar Ícaro. Ele, seca suas lágrimas e abre um sorriso puro, tão puro que por um momento, parecia um anjo sem asas. O mar acalma suas ondas, jogando-as suavemente para frente e para trás, tornando o estrondo do quebrar das ondas um leve sussurro, acompanhado pela harmonia da voz da sereia.
O balanço das ondas faz com que Ícaro adormeça ali mesmo, suavizando suas dores e seu arrependimento. Em seus sonhos, Ícaro pode voar novamente, tocando o Sol, sem medo de cair novamente.

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