quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Neogênesis


Andros e sua metade continuam
em seu caminho, sem destino,
andam em frente.
E cada troca de olhares
catalisa ainda mais o
amor entre eles... infinitamente.

Param por um instante e se olham.
O olhar se torna magnético e
eles se aproximam.
Descobrem o calor um do outro
através do abraço que, apesar
de durar alguns segundos somente,
os faz felizes por uma eternidade.

Retomam o seu caminho, trocando
olhares e abraços sinceros.
O inverno faz a caminhada
ficar difícil.
Eles se perdem um do outro por
algumas horas. Sentem-se vazios
como se não existissem sem o calor
do abraço.
Mas continuam ligados por algo
inexplicável... percebem a
presença de suas almas tão amadas.

O reencontro acontece!
O corpo de Andros está gelado como um cadáver e
as bochechas rosadas perderam a cor.
Então, recebe um abraço como
jamais havia recebido... quente como
nunca, tão intenso quanto a luz lunar.

Os olhos de Andros voltam a brilhar
e os lábios recuperam a cor vermelha.
Novamente a troca de olhares faiscantes,
o abraço de gratidão... os lábios se tocam
num ato do mais puro amor.

É um novo começo...

2 comentários:

  1. Lembrando do contexto, as vezes parece que Andros busca seu outro "eu" perdido, o "eu" externo. Noutras parece que se perdeu dentro dele mesmo.

    Adoro esse lugar :)

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