quarta-feira, 12 de setembro de 2018
LVI - Angélique II - Ethos de uma Alma Invertida
Maldito seja o Deus, que
Esculpiu o homem em barro
E os anjos em porcelana e
Atirou-os na Terra!
Que atroz este Deus que
Permite ao reles mortal
Afogar-se na beleza dos Anjos
E atentar contra a sua pureza
Ao inferno com a Lei
Mosaica e com a Torá!
Se há anjos na terra,
Que eu os consuma até
Que deles reste só o pó...
Que eu os idolatre
E adore, fitando-os
Até que meus olhos,
Ressequidos, cerrem eternamente.
Ao inferno com a
Misericórdia divina,
Pois perdão e condecendência
Maiores vem dos doces
Olhos e lábios dos anjos.
E sob sua doçura eu
Me dobro, beijando-lhe
Os pés e jurando amor
Desmedido e incontido.
Ao anjo, que levo em
Modesto Andor,
Atiro-me ao inferno,
Por corromper-te,
Sem temor.
Ao fogo do inferno:
- o qual consumir-me-à-
Que derreta a minha carne
Pois a minha alma já
Se consumiu quando
Ansiei por Anjos!
* Imagem http://crepusclo.deviantart.com/art/Androgynous-Angel-303976184 *
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