Quando seu corpo revelou-se
Para mim, com sua pele morena,
O meu corpo ergueu-se em reverência.
Quando seus olhos fitaram
Os meus olhos, mergulhei
O mais fundo que pude
Sem desejar voltar jamais.
Quando seu corpo lançou-se
Ao solo, lancei-me sobre ele
E a Maçã do Éden lançou seu
Perfume sobre nós e a Serpente
Nos circundou, afastando o que
Era certamente puro e limpo.
Quando suas coxas roçaram
Em mim, eu me senti atraído
E desejei explorar cada milimetro
De pele e de corpo e de sentimento.
Quando vi seu corpo lançado
Ao solo, vívido e estático,
Quis cravar meus dentes.
Quando cravei meus dentes,
Decretei a minha própria morte.
E decretei, feliz, a minha morte
Pois repousei no mais macio dos leitos.
Tive a mais deliciosa das mortes
Através do mais desejável dos corpos.
Quando fitei seus olhos, vi que as
Chamas do inferno faiscavam e a
Gargalhada que ecoou me encantou.
E eu gargalhei junto.
Arrastou-me para o inferno,
Dominou-me a alma,
Deu-me o êxtase.
Criatura do Inferno!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Mostre sua alma!