terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Diabolic

Quando seu corpo revelou-se
Para mim, com sua pele morena,
O meu corpo ergueu-se em reverência.

Quando seus olhos fitaram
Os meus olhos, mergulhei
O mais fundo que pude
Sem desejar voltar jamais.

Quando seu corpo lançou-se
Ao solo, lancei-me sobre ele
E a Maçã do Éden lançou seu
Perfume sobre nós e a Serpente
Nos circundou, afastando o que
Era certamente puro e limpo.

Quando suas coxas roçaram
Em mim, eu me senti atraído
E desejei explorar cada milimetro
De pele e de corpo e de sentimento.

Quando vi seu corpo lançado
Ao solo, vívido e estático,
Quis cravar meus dentes.
Quando cravei meus dentes,
Decretei a minha própria morte.

E decretei, feliz, a minha morte
Pois repousei no mais macio dos leitos.
Tive a mais deliciosa das mortes
Através do mais desejável dos corpos.

Quando fitei seus olhos, vi que as
Chamas do inferno faiscavam e a
Gargalhada que ecoou me encantou.
E eu gargalhei junto.

Arrastou-me para o inferno,
Dominou-me a alma,
Deu-me o êxtase.

Criatura do Inferno!

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