domingo, 16 de junho de 2013

Anestesia

Tudo tão real e tudo tão cruel.
Sentado no alto de mim mesmo,
Anseio por mais uma dose destilada,
Um isqueiro incinerando a ponta do
Cigarro, um trago longo e a fumaça no ar.
Quem sabe mais uma dose aMOR FINA?
Por que não usá-los todos?

Anestesia...um pouco dela...
Por que temê-la, anestesia?

Essa vida já está mesmo me
Matando lenta e dolorosamente,
Sendo consumido pelas pessoas
E pelo próprio tempo que passa.
Anestesia...um pouco dela...
Por que temê-la, anestesia?

Mais uma dose e mais um cigarro.
Aos poucos meu mundo é fechado,
Minhas vontades e desejos negados.
Uma gargalhada debochada como
A de um palhaço demoníaco.
Anestesia... um pouco dela...
Por que temê-la, anestesia?

Mais uma bebida, mais bebida e cigarro.
A Lua está mais perto de mim e
Sinto que posso acariciá-la...
Sò mais um passo e... vou
Tocá-la, Lua...fria Lua...
Anestesia... pouco dela...
Por que temê-la, anestesia?

A realidade, amortecida, se
Esvai lentamente e lentamente
Posso ouvir as vozes das sombras
Que cantam músicas de ninar.
Vozes sensuais que me chamam
Para dormir em qualquer canto...
Dormir um sono profundo e longo.
Mas antes, mais uma dose e mais
Um cigarro que se consumirá
Junto com a minha realidade...

Eu não temo você, anestesia!
Eu, na verdade, te amo...

* Imagem retirada de http://browse.deviantart.com/art/Everything-Dies-Homage-to-Peter-Steele-324682945 *

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