quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Corbeaux Noir II


Que as estrelas em seu caminho
Lhe iluminem e lhe aqueçam com
O abraço que eu não pude dar.

Que seus olhos, tão belos olhos,
Cintilem como fragmentos de opalas
Repletos com a centelha faiscante
De sua alma tão doce e impetuosa.

Que sua vontade seja firme como
Uma rocha e, ao mesmo tempo,
Suave como uma pluma de cisne...
Que sua dureza não sobrepuje a ternura.

Que suas tenras mãos sirvam
Para acariciar a quem seja
Digno de sua doçura quase infantil.

Que seus lábios rosados possam
Encontrar outros igualmente
Rosados e que neles haja amor.

Que o seu corpo seja seu santuário
E que nele só adentre quem for
De coração puro ou respeitoso.

Desejo que seu caminhar felino
Seja o reflexo de seu espírito
Leve e de sua felicidade.

Quando algo tentar apagar sua estrela,
Quando algo tentar suprimir sua alma,
Quando algo tentar silenciar sua voz,
Estale os dedos e este corvo virá
Imediatamente em seu socorro.

Este corvo, por mais que pareça repulsivo
Este corvo, por mais que pareça soturno
É a ave que lhe protegerá da luz e das sombras.

Basta o estalar dos dedos ou uma dor interior
E este corvo baterá suas negras asas em seu socorro.

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