sábado, 30 de junho de 2012

Refletora Vidraça


As Dunas cheias de nada, volumosas e variáveis
São tudo que se nota no reflexo dessa janela
A refletora vidraça permite calor, luz e proteção
Não sei.  Não percebi à tempo mas 
lá fora, eu sei que meu interior toma forma.

Tudo aqui dentro se vai, se expande infinitamente 
Toma curvas densas, causa cortes ao vento
Atravessam a janela e lá fora 
se vão de encontro com as Dunas
Dão um peso ao ar. Se tornam livres expressões
Perfeicionam o balanço e me torna brando.

Quando anunciam a retirada são apressadas
Deixam a carcaça de lado e vão dançar 
Uma dança quente e silenciosa
Afinal, estão tão longe de interpretação viril

Alguém me leve novamente ao dia
àquela determinada hora da noite
Me faça atravessar portais 
para que, de volta no tempo
Eu me lembre de fechar todas as janelas
As Dunas não são capazes de me compreender.

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