domingo, 5 de fevereiro de 2012

Um Simples Relógio Quebrado


Fragmentada vida cronometrada
Pedaços que me refletem de uma forma única
Flutuam livres ao som do TIC TAC
...TIC TAC TIC TAC...
Sim, eu quebrei aquele espelho horrendo.
E fiz se libertar raiva interior
Para queimar com os olhos
Esses cacos inúteis, varridos pelo som do TIC TAC
...TIC TAC TIC TAC...
Sem mais delongas, sem discurso ou coisa parecida,
Sem luto
Sem reflexão, os ponho para dentro
Mastigo eles com precisão, sem destruir meus melhores reflexos de mim
Sem destruir a mim
O mesmo som marca aquele momento,
Angústia medida pelo incômodo metrônomo.

Um simples relógio quebrado
é meu tão procurado símbolo,
meu repouso, minha antiga mansidão
Que me ajuda a viver, a existir neste espaço.
Ele não anda, não marca hora. Não me pressiona
ou tira a vida das velas.
Me faz controlar o fôlego!

E me traz conforto no momento do descanso
E me permite sonhar com o outro dia
E me deixa contar as estrelas até o fim de toda essa energia.
…TIC TAC TIC TAC TIC TAC TIC TAC...

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