sábado, 28 de janeiro de 2012

SMS


Socorra Meus Sentimentos, por agora.

Eu estou abalado. Sim, consegui ser abalado mais uma vez. Essas vezes singulares são diferenciadas, em seus níveis e graus. Mas fui internamente movido.

Meu físico, internamente, responde. Responde mal, desorientado. É como se uma reviravolta tivesse acontecido entre meus órgãos, e a acidez do meu estomago estivesse num nível implacável. Minha mente não sabe que cor vê, que luz seguir, ou que proporção dar ao momento.  Por fora sou eu, e mais nada. Quente, como Mercúrio, mas na real proporção, gelado. Nenhum músculo se mexe por razão qualquer. Movimentos, agora, são muito bem pensados.

Com dificuldade eles são repensados.

Eu não quero chorar, eu não vou. Não vou entrar numa montanha russa de sentimentos. Só quero confortar essa sensação junto com meus pensamentos. Só quero traduzi-la de alguma forma... da qual tenho dúvida.
Sem palavras, sem som e sem visão.

Acalmo meu tornado, me conforto neste banco, ponho a mente a se expressar. Ali somente eu e minhas notas secas. Estas que com o tempo vão se tornando profundas e incessantes. Que transbordam no piano só o que a insônia pode me trazer. Ah, dor momentânea! Prive-me dessa angústia, dessa dúvida, de toda a discórdia que o fundo do meu peito, e do fundo de minha cabeça. Que aflige a mim.

Tocaram em minha preocupação, acionaram o dispositivo da reação. Não duvide de meus planos, pois a praticidade e a rapidez andam junto a mim. Alertas.

Procure sair desse sono profundo, em que somente você se vê. Destrua esse espelho velho, que não reflete sua identidade, ser precioso a mim. Nada de mal desejo a alguém que só ajudou a mim a me tornar quem escreve no momento.  Só desvie dessa reta que acha tão bela, tão formosa e procure me encontrar na esquina, que você deixou lá para trás.

Lá estarei esperando embaixo das placas de sinalização. Trate de me dar a mão para cometermos esse erro juntos.

Socorra Meus Sentimentos, por agora. 

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