Os holofotes centralizavam dois únicos personagens.
-Correntes, porque não dão liberdade as ondas de vida que transbordam, incessantemente, deste rapaz?
O garoto se sente frio, e perde o foco de sua apresentação. Naquele momento, era sua fala. O outro personagem insiste:
-Porque? Poderia me responder?
Em suas mãos a poesia mais fria de toda a sua história na capela. Letra grossa, minúscula, sem sentido ou vontade. Decide guardar palavras tão fracas e perdidas.
-Que poesia? –disse o sábio rapaz – "Que Poesia? Retire uma rosa deste canteiro, com cuidado. Com um pincel, cubra suas pétalas de várias cores, sem as escolher anteriormente. Junte um pouco de terra, água e recoloque-a no jardim. Agora espere para que ela exale aroma, espere para que suas pétalas sejam consumadas pela tinta, que a rosa volte a viver com fidelidade junto à natureza. Perceba que deu a ela um fim. Isto já não é mais uma preciosa representação de pureza de uma linda criação. Você a transformou. Agora ela é o que quiser, mas procure mudar seu nome, já não mais a rosa que retirou.
Que poesia? Aquela rebuscada, que se alarga e comprime. Nas linhas da folha de papel, sem motivos verdadeiros. Sem um brilho, uma cor; e pouco contraste. Está mexendo com arte, tome cuidado! Não se esconda de razão qualquer que vá trazer um pensador aqui novamente. Melhor, este estado novamente.
De onde se tira palavras avulsas, jogadas ao léu? Quando deitado sobre a mesa (mãos vazias, olhos cansados, mente embriagada) Imploro por mais uma gota de sensibilidade para manuscrever, nesta sensação que me recorda de uma estranha obrigação. Ah, assustador Instante de luz!
Que uma gota, que me falta na gaveta e neste bloco sem fim, entre em contato com essas cabeças pensantes que me observam atentamente. Eu não estou à frente de um movimento, lutando por uma razão abrangente e tão heroica. Não precisei batalhar pela prata, e quando a usufruo só tenho o direito de mesma meta. Aqui agindo, estou do meu jeito, afim de dar um ponto final nesta folha. Que absorveu um pouquinho de cada pedaço meu.
Deixe-me voltar a minha busca por luz. Não abrangi o que quis neste momento."
O rapaz se volta à porta de saída. E, em um silêncio profundo, parado na porta de saída, grita: "Este sou eu, o velho sábio. A jovem criança, a inocente criança que a ultima coisa que quer é chamar a atenção. Voltem seus olhos ao palco, eu tenho algo que preciso escrever."
Pienet
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