sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Insanidade VIII



Este quarto nunca esteve tão vazio...
As vozes continuam falando comigo
Mas eu não dou atenção à elas...não...
Acho que estou ficando cansado
Desta camisa de força...sim...cansado.

As vezes as fadas vêm dançar pra mim.
Elas são luzes que ficam rodopiando e rindo...
Eu posso ouvir as risadas, risadas meio infantis.
A alegria que só as crianças têm e....
Todas as fadas são crianças...é...crianças...
Não pela idade mas em espírito. O espírito é infantil...

Eu não tenho espírito...você acredita em espírito?
As vezes sai um monstro de dentro de mim, com
Dentes muito grandes para poder dilacerar e
Ele não tem olhos...olhos para que?
Ele ataca todo mundo indistintamente...
Ataca sim...e ele tem grandes garras
Que usa para segurar as coisas e para
Se prender em qualquer lugar conveniente...

Eu já vi esse monstro que sai de dentro...
Monstro...ele tentou me dizer alguma coisa
Mas eu não entendi porque parecia mais
Um rosnar feroz... ele tentou dizer o seu nome...
É, ele tentou sim, eu sinto isso.
Ele assusta todo mundo mas sem se mostrar...
Esse monstro sou eu?

Este quarto está muito vazio...
Nem fadas e nem o monstro são o suficiente...
Vá embora! O monstro pode aparecer...
Ouça as vozes! As vozes, não ouve?
Elas te mostrarão a saída deste lugar...

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