segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Karly


No cemitério, uma espada anacrônica, relevada de mágoas, carregada de impureza, fez a catástrofe um desastre profundo, subjugado pela maresia das cenas chocantes e obscuras que se passavam por ali.
Cenário cinza, lágrimas, rosas já enfraquecidas pelo tempo, pessoas angustiadas, era somente isto que existia sobre a face daquele terrível lugar.
Em um coração congelado, a sangue frio mataram a minha própria morte, e a setenta chaves guardaram os meus pensamentos e meus medos.
Tudo plenamente parado, sem nenhum tom de cor, representava a extrema lucidez que meus olhos possuídos conseguiam enxergar.
Do Sol negro, se fez a chuva desalmada, que foi impiedosa aos órfãos da mente elevada ao espírito e sua fraqueza imortal.
Flores jogadas ao universo, isto é parte do que eu sou. Elas têm: Insanidade, maldade, perversidade, coração partido, fé quebrada, esperança derrotada, e tudo isto é exatamente o que habita dentro de mim.
Minha sabedoria, alcançada da minha pele pecaminosa, e da minha mente injuriada que trama a divindade escura, faz concreta a salvação errante.
Tudo o que se viu naquelas cenas, ficou registrado numa lembrança fria, que só se poderia mudar com um toque de coragem medrosa nos sete céus aos infernos.
Desde a última rosa jogada sobre, o túmulo de Karly, se tornaram secos todos os cantos da escuridão maior, que predominara por longos anos, aquele coração imundo.

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