sábado, 9 de outubro de 2010

Insanidade III




Os loucos são criaturas estranhas.
As vezes parecem tão racionais e presos à vida.
Outras vezes, parecem viver em outro mundo,
Ignorando tudo à sua volta, sem se preocupar
Com nada. Pairam à beira do precipício
De forma despreocupada e sem noção de perigo.

Este louco, que aqui escreve, tem o hábito
De se afastar das pessoas.
Hábito não por opção, mas por reflexo, instinto,
Como se sua vida dependesse disso, ainda que ele
Não tenha consciência.

Este louco aqui, se afastou de uma pessoa que ama.
Esta pessoa tenta esconder que está ferida, mas não
Consegue. Este louco fere sem armas!
Ele usa algo mais cruel: palavras.
Palavras não ferem o corpo, ferem a alma e a alma
Não se cura como o corpo, apesar de também ser
Tão viva quanto o corpo.

Este louco aqui, nas horas vagas, é um escudeiro.
Mas tem se mostrado um escudeiro indigno...
Talvez o escudeiro tenha enlouquecido....

Mereço frio da lâmina de sua espada, guerreiro!
Mereço cada corte e cada ferimento!
Mereço todo o frio nórdico que carregas.

Só te peço, nobre guerreiro,
Que não me arranque o coração, o escudo
E que não arranque a fraternidade de mim

Peço perdão pelo mal que causo...

Do seu indigno, o (Louco)Escudeiro


*À alguém que eu peço perdão e que eu realmente aprecio *

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