quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Badhar


Teu jeito de falar é visceral
Um timbre que ressoa arraigado
Mas teu ouvir, é terno
Pois te conduzo e me obedeces
E segue atento a direção de meu cetro.

Assim como uma taça de vinho transbordando,
Preenches meus vasos com lascívia.
Eu me despejo sobre a superfície
E não deixas uma gota ser desperdiçada.

Eu te tomo pela boca
Te capturo pela cintura
Coloco o recinto em chamas
E me refrescas com água corrente.

Nosso culto à Hedonê
Só termina na inundação de meus rios
Viaje do Eufrates ao Tigre
Onde teus dedos velejam por minhas coxas
E a semeadura far-se-á
Quando beber de mim,
E em minhas terras férteis, chegar.

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