domingo, 26 de agosto de 2012

Auto-Retrato


Meu coração nunca pertencerá a ninguém,
Meus olhos somente buscam a beleza e
Tão somente pertencerão às minhas presas.

Minhas mãos somente acariciam escolhidos,
Minhas unhas lhes arranca o coração pulsante,
Meus dedos tocam somente aquilo que é bom.

Meus sentimentos jamais serão doados,
Minha alma jamais encontrará sua metade,
Minha boca pronuncia palavras vãs.

Eu sou uma sombra vivente e errante,
Que vaga pelas ruas e habitações,
Minhas mãos acariciam com luxúria,
Meus olhos vêem com cobiça e desejo,
Meus pensamentos ecoam em sua mente.

Eu sou a criatura de palavras doces,
Eu sou a criatura de olhar fixo,
Eu sou a criatura de gestos lânguidos,
Eu sou o par de presas que causa a ruína.

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