domingo, 22 de janeiro de 2012

Lied der Sinfonie


Allegro
Precioso relógio vital, que calcula o tempo do alvo.
Vista meu alvo e centraliza nele, sem perder ele de vista.
Dá a mim ponto fixo, conclusão. Torna-me veloz e sem limite.
Chego ao fim com destinação e finalidade. Com intenção e desígnio.
Prático e positivo, não sou homem lento.
Racional e perceptivo, não sou lata e parafuso.
Alegre, mas não muito. Um pouco Majestoso.

Scherzo
‘’D menor’’
Coração grita, fala alto. Sabe demais.
Tento-o, mais e mais. Intocada mente confusa.
Indecisa. Complicada como a mim mesmo,
Não vai ditar o Eu de espírito agora.
Com meu discurso preparado e em minhas mãos,
no tempo do desenrolar do pergaminho
calo a boca, e deixo que o próprio Eu (mais verdadeiro impossível)
proferir e cantar. O recitar não se cabe mais a este momento.

Adagio
Andante e moderado é o ouro a preencher espaço.
Cegos contempladores ignoram a luz e o astro brilhante
sem sabedoria, sem seus pensares não sabem do saber.
Mentes voltadas a direita, cabeças preocupadas com o fim da reta
não podem compreender o tilintar do cofre abundante de almas salvas,
mas são capazes de invejar o tesouro do fim da cruzada.
Tolos, não sabem o verdadeiro sabor do tesouro.
São ignorantes. E tão complexos, longe do céu
sem diligenciar por perfeita oração, simples pedaço reflexivo de gratidão.
‘’Gratidão, a perfeita oração’’

Recitativo
Athame e punhal em mãos, fora de si ou de linha clara
que passa paralela aos olhos abertos e atentos.
Sangue! Sangue! Não posso me opor a ele!
Quem é capaz de se opor a símbolo tão carregado
não pode pensar fielmente em sua liberdade,
se depois que solto, ainda sente as correntes puxarem seus pés.
Para de volta de suas cadeias. Estes são, devidamente, não-livres.

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