sexta-feira, 4 de novembro de 2011
The Storyteller Crow - Naturae Animus
Muito boa noite, meus amigos que se mantém despertos sob a luz da Lua que jaz lá no alto. Não vim para falar de Lenora e tampouco para atormentar-lhes a alma, a mente ou ainda para atacar alguma carcaça jogada ao chão... pelo menos, não agora. Vim lhes contar a história de um garotinho que testemunhou uma cena mágica... e assustadora.
O garotinho estava caminhando, com seu amigo, pelas colinas relvadas de um lugar distante. Atravessou toda uma floresta tipicamente tropical, com imensas árvores, muitos insetos coloridos e grandes animais, até que chegou em uma clareira que parecia um palco, cercado de cortinas verdes.Do alto do barranco, o garoto avistou uma pequena mata com um vulcão atrás. As árvores pareciam ter vida, como que formando um rosto que dizia palavras completas, enquanto a fumaça do vulcão se agitava como um par de mãos nervosas.
- Vamos até lá! - o garoto puxou o amigo pelo braço e desceram pelo barranco mesmo, sujando os pés de terra e enchendo os rostos de sorriso. Desceram correndo e atravessaram uma campina, até que ouviram o farfalhar das folhas da mata densa.
Se aproximaram da mata e, perceberam que era um bambuzal denso de caules gigantescos, como os Ents de Tolkien. Um rosto se formou e o vento começou a soprar. Os dois amigos, maravilhados com tudo aquilo, ficaram estáticos olhando e sorrindo... talvez pela curiosidade e por achar engraçado.
- O que é aquilo? - apontou o amigo?
- Parecem dois olhos! - o garoto disse, ao perceber duas esferas brancas e paralelas. O vento soprava, agora, de forma harmônica, fazendo com que os bambus envergassem para um lado e para o outro; para frente e para trás, tocando os garotos com suas folhas finas e verdes.
E novamente o vento soprou de forma harmônica, com repetições ainda ininteligíveis, até que...
- Você tá escutando isso? - disse o amigo.
- Eu tô escutando, mas ainda não entendo muito... - disse o garoto
O farfalhar das folhas e o vento começaram uma sincronia. o vento se tornou a voz daquela grande face verde e o amigo curvou-se para frente, apoiado sobre os joelhos e encostando sua testa na relva.
- Curve-se... curve-se... curve-se... - os sons se tornaram claros, mas o garoto não obedeceu e ficou ali, de pé, estático como estivera desde que observou aquela face.
- Curve-se... curve-se... curve-se...
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