quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Heaven
Os lábios rubros se tocam...o imponente cisne branco ressurge, emergindo do lago e materializando-se aos poucos. O Sol iluminava as folhas exuberantes, refletindo o verde fresco das plantas vigorosas. O aroma das flores penetrava no interior daquela clareira, dando um aroma específico para aqueles dois amantes que ali se encontravam.
Sentados sobre um tapete natural e verde, sob a sombra de uma frondosa árvores de flores roxas. Andros abriga-se entre os braços de sua Metade e entreolham-se com amor e admiração infindáveis. Os rostos tão próximos faziam aquela cena se tornar primorosa.
O vento sopra e uma brisa quente toca-os, acariciando-lhes a pele, como se todo aquele jardim e tudo o que há nele amassem o amor de Andros pela sua Metade.
- Acho que este é o fim...
- O fim? Do que está falando, Andros?
- O fim da caminhada. Achei o meu lugar, achei quem quero ao meu lado - os olhos azuis brilham, encarando a Metade.
- Este lugar é mesmo perfeito!
- Achei que amava o frio e a neve, achei que não encontraria ninguém bom o suficiente para me prender. Mas eu errei ao pensar assim... - Andros detém o olhar em sua Metade e esboça um sorriso de alívio - e encontrei você...ou você me encontrou, não sei ao certo. E nós encontramos esse lugar.
- Você realmente ama tudo isso, Andros?
- É certo que sim, meu amor. Não há lugar como este nesse mundo...digo sem hesitar, mesmo não conhecendo todo o mundo.
- As vezes você fala com um tom sabiamente infantil, Andros - uma risada leve.
- Infantil?
- Claro! Crianças têm sua própria sabedoria, mas é algo bem simplório. Elas resolvem tudo facilmente. Tudo é facilmente explicável para elas. O Sol é a grande vela que ilumina o mundo, nos apaixonamos porque o coração quer, o céu é azul por causa do reflexo do mar...essas coisas. Você diz que esse lugar é o mais bonito do mundo, mesmo não conhecendo o mundo todo! - Uma gargalhada espontânea.
- Ah, então acho que isso é algo que eu tenho que conservar.
- Improvável que você perca isso. Faz parte de sua natureza, meu anjo.
- E você sempre com essa segurança inabalável - Andros sorri docemente.
A noite cai e o brilho das estrelas ilumina o céu azul-escuro, em um contraste exuberante de luz e trevas. E aquele jardim parecia ter sido criado para receber aquelas duas criaturas tão belas, que repousavam abraçadas sobre a relva úmida, pois a Lua prateada parecia ter direcionado a sua luz à elas. É como se toda a paz e harmonia do universo se concentrassem lá.
- Andros, me sinto tão leve...como se...
- Como se o seu corpo flutuasse? É...me sinto assim também...
- Sabe, Andros, eu gosto dessa sensação...
- Então me dê a sua mão e vamos continuar juntos...sempre.
Andros e a sua metade dão-se as mãos, entrelaçando-as com firmeza, porém, com ternura e amor incomuns. E se envolvem em um abraço tão puro que era possível que ouvissem seus corações ecoarem dentro do peito. Então, os corpos se erguem ao firmamento. Andros e sua Metade tão amada flutuam como se buscassem o céu.
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