segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Чёрный Aнгел
"Eu não te conheço..."
E nem vai conhecer, senhora!
Não tenho nada a mostrar para vocês,
Não gosto do seu círculo social
Em que todos se metem na vida de todos.
Deixe-me aqui com o líquido que quero,
Com as companhias que aprecio,
Com as belezas que quero ver,
Com os corpos que desejo possuir,
Com os diálogos que desejo manter.
Eu sou a ovelha negra,
Eu sou o estranho,
Eu sou o anormal,
Eu sou aquele que tem vontade própria.
Eu sou o que escreve sobre a vida,
Eu sou o que questiona as regras,
Eu sou o que ouve "barulho" em vez de música.
Ouça o meu grito que sai de dentro!
Ouça o demônio urrar ansiando por sangue!
Ouça o grito daquele que se liberta!
Ouça a voz que se cala, como a melhor resposta!
Eu sou os olhos que vêem além!
Eu sou os ouvidos que ouvem o que desejam!
Eu sou o nariz que sente a podridão que o cerca!
Eu sou a boca que beija suas feridas
E que anseia por outras bocas!
Eu sou o abraço que conforta!
Eu sou o abraço que estrangula!
Eu sou a boca que sussurra!
Eu sou a boca que grita!
Eu sou a mão que acaricia!
Eu sou a mão que agride!
Sou eu quem come a carne de meus semelhantes,
Sou eu quem bebe todo o sangue e lambe os próprios
Lábios para evitar que uma gota se perca.
Sou eu quem se deita sobre outrem e de outrem me alimento
Eu sou aquele que se banha em sangue, alcool, lágrimas e sexo...
"Deite-se junto a mim! Sejamos felizes com nossas peles nuas tocando-se!"
Sou eu este anjo caído, este demônio ou simplesmente uma bela criatura que obedece e ama a si própria.
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