quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Ragnarök


É alto demais e o Ar se torna rarefeito, mínimo, de pouca força.
Os abutres sobrevoam, formando o círculo da morte, sentindo
O cheiro de uma provável carcaça, pois uma criatura não consegue andar.

Os animais peçonhentos observam Perseu rastejar, portando
Uma espada e um escudo que se tornaram um fardo.
O leão observa e se prepara para atacar o frágil Hércules,
Pois ele é mais humano do que deus. Cada uma das cabeças da Hidra
Se prepara para arrancar um pedaço daquela carne fresca e quente.

Apolo sente Jacinto se distanciar aos poucos. Pela primeira vez,
Um humano pode provocar a morte de um deus...
O Sol fraqueja e se extingue, Adão peca.
Lúcifer, a cria divina, é banida do céu.
Jörmungand constringe a Terra..
A Árvore da Vida seca, as estrelas estão a ponto de explodir,
O buraco negro parece engolir o universo.

A pressão esmaga a Psiquê, a força se acaba...
Como se a caixa de Pandora fosse aberta e a esperança
Também se extirpasse.

Não há guerreiros para lutar,
Athena para aconselhar,
Ísis para recolher os pedaços,
Bardos para cantar,
Lordes para conversar...

Daniel, beba meu sangue e alivie a minha dor...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Mostre sua alma!