Ganimedes

O corpo magro, levemente infantil diria, com um olhar vivaz e um rosto que, visto bem atentamente, exibe certa malícia.
Os cabelos cheios caindo pelo rosto, encobrem a testa lisa e branca.
Escorregando pelo seu torso, posso sentir a sua carne suave,
Seu sangue correndo e o pulsar do seu coração em seu peito.
Tudo isso soa como uma majestosa música, acompanhada de uma belíssima imagem com muitas cores.

O ar úmido e escasso, os olhos enuveados, os poucos pêlos eriçados...membros rígidos em espasmos.
Até o seu suor me é agradável e sua pele macia me é doce, ao tocar meus lábios.

Não é possível que haja anjos tão...deliciosos!

Ah, como você me provoca! Mesmo com essa cara inocente, você me provoca,
Como se fosse um lindo e voluptuoso demônio a tentar um infeliz mortal!

Me arraste para o inferno, para o calor... para o seu calor e para o seu pecado!