sábado, 6 de fevereiro de 2010
Bloody Mary
Ela saiu em busca de prazer, qualquer que fosse o prazer.
Foi parar em uma boate no subúrbio, frequentada por todo tipo de pessoa, como góticos, punks, criminosos e até crianças.
Ela viu um homem alto, de traços finos, parecendo norte-europeu. Logo pensou que era sua chance de pegar um cara e, se desse sorte, ainda lhe roubar os Euros que certamente tinha.
-Ei garoto! Você! Venha cá antes que eu arranque seus olhos!
O garoto vem imediatamente, trêmulo e com medo da mulher.
- S-s-sim senhora! Eu cobro 10 euros e a senhora fica comigo a noite toda. Mas normalmente sou brinquedo de homens...finalmente uma mulher!
- O quê? Que...sai pra lá sua "putinha"! Essa sua minhoquinha não me serve de nada! Quero que você convença aquele gringo a vir falar comigo. Se conseguir, eu te levo pra morar comigo.
O garoto, mais que depressa, tratou de cumprir a ordem, afinal, era sua chance de sair daquele inferno. Além disso, não ia mais precisar se vender. A oferta da mulher pode parecer generosa, mas ela sempre quis ter um filho pra exibir. E o garoto era perfeito, pois era lindo e até parecia um pouco com ela.
Logo veio o garoto trazendo o gringo.
- Ei garoto! Qual o seu nome?
- Maxim, senhora.
- Pois bem, Maxim, cumprirei minha promessa. Agora você é meu filho.
Ela o abraçou e ele ficou tão feliz que não pode dizer nada. Maxim deixou a mulher e o gringo conversando.
- Boa noite! O que esta mulher linda faz desacompanhada? - ele se adiantou, mesmo sabendo que ela estava interessada e dispensaria cortejos.
- Esta cidade é amaldiçoada! Não se acha um homem decente por aqui.
- Eu sou companhia boa o suficiente para alguém tão linda?
- Mais do que suficiente! O meu nome é Mary.
- Muito prazer, Mary, meu nome é Nikolas! - ele carregava o "r" ao falar
- Venha, vamos beber e conversar, Nik!
Ambos sabiam muito bem quais eram as intenções, mas não dispensaram o joguinho de sedução, porque era hábito.
Sentaram-se em um canto na boate e conversaram bastante. Bebiam muito e Mary já estava ficando alterada, se atirando em Nikolas cada vez mais.
- Não há nada melhor que bebida destilada!
- Concordo, Mary. Elas têm sabores próprios e é impossível confundi-las.
- Eu gosto de beber de tudo, mas e você, Nik?
- Bebo de tudo, mas prefiro "Bloody Mary" - um sorriso sinistro invade o rosto dele.
- Ora, ora...- ela riu, pensando em algo incomum ou em um possivel trocadilho.
Ela o levou para seu apartamento, juntamente com Maxim. Mandou o garoto "ir dormir" e ele compreendeu a ordem. Apesar de ter por volta 15 anos, já tinha visto de tudo e passado por tudo.
Mary arrancou a roupa de Nikolas, como uma criança abre um presente. Ela despiu-se também. Maxim, de seu quarto, ouvia gritos, gemidos e urros. Ria incontidamente, imaginando a cena.
Os urros e gemidos cessaram. Mary prepara a bebida favorita de Nikolas, mas coloca soporífero, no intuito de roubar-lhe tudo.
- Aqui está, Nik, Sua "Blood Mary". Vamos brindar o 1º round! - ele deu um sorriso malicioso.
Ao contrário do que ela esperava, Nikolas não dormiu. Ela estranhou, mas pensou que ele apagaria após da próxima vez. Ele não aguentaria o 3º round...nenhum homem havia aguentado satisfazer Mary por 3 vezes...ela era a própria Lilith.
Aquela insanidade recomeça. Recomeçam os gritos e gemidos. Mary urra, mas desta vez, de dor...
- Sangre, Mary, Sangre! - Nikolas ri insanamente.
Ela se sentiu empalada, mas não foi prazeroso como antes...desta vez foi real e muito dolorido, insuportavelmente dolorido. Virou-se e viu os olhos púrpura de Nik e a saliva escorrendo pelos caninos afiados. Mary sente a penetração dos dentes de Nikolas e que sua vida jorra junto com seu sangue.
- Maxim! Maxim, me ajude! Por favor, me ajude!
O garoto entra no quarto e assiste a cena, imóvel. Mary, chorando, não entende por quê seu filho não move um dedo. Ela o ajudou e agora precisa dele, mas Maxim não faz nada.
O corpo de Mary cai, seco e frio.
- Mortais...hunf! Pegamos mais uma mestre!- Maxim cospe no cadáver de sua "mãe" - Vou recolher os pertences dela.
- Maxim, você é o melhor ator que já vi...consegue se fazer de humano pobre perfeitamente! Ainda há algo nesse corpo. Se você quiser, aproveite.
- Obrigado pelo elogio e pela oferta, mestre, mas como bem sabe, prefiro carne...hmm..mais jovem.
Saem carregando tudo o que puderam levar, satisfeitos pelo banquete e pela pilhagem. Riem como dois demônios e planejam a próxima noite.
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Amei...Blood Mary (L)
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