terça-feira, 6 de junho de 2017

XLIX - Lago dos Cisnes





I
Você dedilhava suavemente
"Лебединое Озеро" no
Velho piano envernizado e
As notas retumbavam em
Meus ouvidos ignorantes.

Olhou-me nos olhos, sem
Interromper o rio de notas,
E sorriu tão graciosamente
Quanto tocava sua música

As notas retumbavam em
Meus ouvidos ignorantes e
O seu sorriso ecoou em
Meu peito. Dai fez-se um
Presto em meu coração.

II
A peça melancólica
Nunca fora tão viva
E tão majestosa.

Cada nota tocada
Tornou-se a expressão
De sua alma dócil.

Cada nota tocada
Era o suave da
Neve lenta de São Petersburgo.

III
E a placidez do Baikal
Era a placidez de seu
Rosto terno- infante

E quando te envolvi
Em um abraço, senti
Sobre mim o suave
Sol da Criméia

De meus olhos
Escorreram lentas
Lágrimas como as
Do ancestral Volga

IV
Num enlace, senti-me
Como o Urais Protetor
Da Terra-Mãe e,
Apesar de imponente,
Frágil ante a fragilidade
Do seu sorriso reluzente
Como a Estrela da Manhã.





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