quinta-feira, 2 de março de 2017

IX - Megido - Ethos de uma Alma Invertida


O Céu abriu-se e
Uma falange de anjos
Desceu das nuvens,
Com suas vestes douradas,
Tilintando ao som das
Sete trombetas.

O chão fendeu-se e
Uma outra falange de
Anjos ascendeu, com
Suas vestes em brasa, 
Que incineravam os
Sete Selos que os prendia.

Sob a Árvore da Vida,
Um sem-número de
Almas assistiam o duelo.
"Kyrie, Eleison!"
Imploravam algumas,
"Ameno dori me!";
Solicitavam outras
E mais tantas assistiam
Impassíveis à luta titânica.

Ao fim do Sétimo dia
De luta, à Sétima hora
Do dia, nada mais restava
Além da Árvore da Vida
E um Homem que de
Dentro dela saiu.

Em uma de suas
Mãos portava o
Fogo dos Deuses
E na outra mão
A Centelha Divina.
Em sua fronte,
Brilhava a estrela.

Sua boca proferiu:
"Metade de mim é
 Luz pois a outra
 Metade é sombra."

Domestiquei o Cordeiro
Pois o Bode é meu aliado
E agora caminham, 
Comigo lado a lado.

Não tema a luz,
Não tema a sombra 
E sob teus pés
Ambos serão subjugados!


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Mostre sua alma!