quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Asas


Quando disseram-me
"Abra tuas asas!",
Não compreendi de imediato.

No entanto, o tempo
Sempre trabalha no seu tempo
E a compreensão se abateu
Como uma fina chuva de verão.

Um sorriso se abriu
Entre o emaranhado
De ondas negras e
Um chapéu pontudo.

O caldeirão borbulhou
E outro sorriso se abriu.
Quando a fumaça se elevou,
Asas surgiram em mim.

Agora posso voar livre,
Beijar o céu ou beber o rio,
Enquanto Lua resplandece
Tão bela quanto aquele rosto.

Ganhei minhas asas, mas
Deixei meu coração como
Presente...meu coração
Naquele caldeirão borbulhante.


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