quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Vampir Sex




Lá estava ela, deitada com sua camisola verde de alças finas, deixando o ombro à mostra e a respiração tranquila, compassada...quase imperceptível devido à suavidade. Entrei pela mesma janela em que saí na outra noite e me esgueirei pelo quarto - nós, vampiros, temos a facilidade de andar sem fazer ruídos - para me aproximar da cama. Fiquei ali de pé por alguns momentos, admirando aquela mulher tão linda deitada na espaçosa cama de casal.

Naquela noite fazia um calor infernal e ela se cobria somente com um fino lençol jogado sobre o corpo. Um humano não poderia ver o que eu vi...minha visão aguçada me permite ver detalhes tão magníficos que você, mortal, ficaria fascinado. O lençol destacava a silhueta do seu corpo bem esculpido, com suas pernas grossas, as curvas dos quadris, a barriga reta e os seios arredondados de tamanho médio. Seus cabelos negros se espalhavam sobre o travesseiro e um pouco sobre os ombros...como se alguém - ou ela mesma - houvesse mexido naquelas mechas e as deixado ali propositadamente. A boca, ainda com batom, parecia perfeitamente lisa e macia...tão macia quanto sua pele morena que exalava um perfume bem suave. Ela ofegou e seu rosto se fechou, como se ela tivesse percebido minha presença ou a presença de alguém ali...ela possuía esse talento, mas novamente sua expressão se tornou tranquila.


- Tão perfeita... - sussurrei. Eu sentia que o sangue que eu acabara de beber, circulava mais rápido. Muito provavelmente, eu parecia humano naquela hora.

Andava lentamente em direção à sua cama e ia me despindo ao mesmo tempo...como se eu estivesse hipnotizado mas, ao mesmo tempo, consciente do que fazia. Não me permiti ficar nu naquela hora e deitei na cama, ao lado daquela mulher, sentindo de perto seu cheiro. Ela não percebeu a minha chegada e eu pude ficar ali deitado por um tempo, somente olhando cada detalhe dela. Incrivelmente, o cheiro do sangue não era o que me provocava naquele momento...eu não tinha a menor intenção de beber dela.

- Acorde, minha querida! - eu sussurrava em seu ouvido, para não assustá-la.
- ...aaarf... - ela respirou profundamente, mas não despertou.
- Acorde, minha querida! Acorde porque eu a quero para mim! - eu sussurrava em seu ouvido e passava suavemente a mão em seu rosto, na tentativa de despertá-la.

Os seus olhos se abriram e ela ficou estática, sem olhar para mim em momento algum.Afastei o cabelo de seu pescoço e ali lhe dei alguns beijos...ela saiu da inércia, agarrando o lençol com a mão direita. Eu não me controlei e levei minha mão em sua perna grossa, acariciando e sentido a maciez de sua pele sem uma cicatriz sequer. Minha mão, em um movimentos lânguidos, foi subindo por sua perna e levando a camisola ao mesmo tempo até expor aquele abdômen tão bonito como só pode ser o de uma mulher. Ali me detive por alguns momentos porque ali eu sentia toda a vitalidade que sangue pode dar e, ao mesmo tempo, o perfume e a maciez da pele morena que roçava na ponta dos meus dedos de morto-vivo.

Sem pudor algum, minha mão partiu da linha do umbigo e foi subindo lentamente, chegando às costelas e finalmente aos seios. Ah, sim, igualmente macios porém firmes...minha mão também passou por ali. Por um instante me detive:

- Minha querida, você me aceita e aceita ser minha mesmo que seja somente esta noite?
- Eu o aceito por esta noite e permito que você me tome como sua, mesmo que seja somente por esta noite. Eu o permito.

Eu a ergui da cama e tirei sua camisola facilmente com uma das mãos. Ela deitou-se novamente e esperou por mim...sim, bem isso...ela esperou que eu fizesse algo.
Ah, há algo de muito diferente nela que faz até mesmo um vampiro perder o controle. Deitei-me sobre ela dando-lhe beijos na boca e no pescoço, com uma vontade absurda de mordê-la e me controlando para não fazê-lo. Minha boca desceu do pescoço para o seio esquerdo, que eu não me contive e mordi, deixando neles as marcas das minhas presas, enquanto segurava o outro seio em minha mão. Eu a despi e me despi completamente ainda em cima dela...porque algo me incitava a continuar...era como se a minha volúpia de vampiro estivesse potencializada absurdamente, a ponto de que eu pudesse ignorar o sangue e querer somente o corpo.

Eu afastei suas pernas e a penetração ocorreu de forma suave, apesar do impulso que me dominava, eu não a machucaria...o que eu senti vocês, humanos, nunca vão sentir com essa sua sensibilidade reduzida. Ela soltou um gemido quase imperceptível, mas posso dizer que ela também queria o que eu queria e por isso me permitiu.

A minha sutileza começou a se perder e eu a penetrava com um pouco mais de força, segurando-a pelas pernas e ela me arranhava as costas enquanto se agarrava em mim. Estava ficando mais intenso e ambos começamos a suar - eu, obviamente, derramava gotas de sangue sobre ela - entretanto, não nos contínhamos no que estávamos fazendo. As mãos percorriam toda a extensão de nossos corpos, as bocas se beijavam mutuamente e o calor de nossos corpos inundava o quarto e os lençóis.

Eu vi seu corpo se contrair como só acontece em momentos de grande dor ou de prazer e me deitei ao seu lado. Ela me olhou sem nada dizer e eu compreendi seu olhar.

- O Sol já está por vir, minha querida...devo ir agora.

Levantei da cama, vesti minhas roupas e fui em direção à janela. Ali me detive por algum tempo, olhando para trás e olhando aquela mulher despida sobre a cama, admirando seu corpo e trazendo comigo o que ocorrera algumas horas atrás. Ela, deitada, olhava para o teto como se ali ela pudesse ver o céu com as estrelas cintilando. Não pude saber em que ela estava pensando...e nem fiz questão de saber...algo me dizia que era relacionado à nós.

Saí pela janela e disparei pela rua, correndo mais rápido do que os raios de Sol...

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