sexta-feira, 15 de abril de 2011

Sin

A sombra da minha mão toca seu pescoço branco e você sente a minha presença.
[Isso me faz sorrir um sorriso largo, luxurioso, ávido.]
Minha mão cai sobre o pescoço liso, fazendo-o inclinar-se, exibindo-o por completo.
[Sim, eu sei que você adora quando beijo seu ombro macio, puxando a gola da sua camisa para expô-lo.]
Não se faça de difícil pois você quer o mesmo do que eu.
Vou arrancar, com os dentes, este crucifixo
Que pende sobre o seu peito desnudo e atirá-lo ao chão, fazendo o Cristo sangrar ainda mais.
E o simples toque dos meus lábios em sua garganta faz o seu sangue ferver, corando as brancas aveludadas Maçãs do rosto. Que belas!
Elas se tornam vermelhas como a maçã da Branca de Neve, combinando com o rubro de seus lábios. Maçã envenenada!
Veneno em que eu me delicio... Que pele branca e tão bem casada com o ruivo de seus cabelos! Fios âmbar que caem sobre o seu Rosto iluminado pelos beijos e mordidas em seus mamilos róseos.
Meu corpo tomba sobre o seu. Suas pernas se abrem para que eu me acomode... Uma sinfonia, uma coreografia e o entrelace.
O Cristo no chão assiste à dança. O Cristo aplaude. O Cristo gostaria de ser protagonista. O Cristo sangra eternamente por ser divino.

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