quarta-feira, 27 de abril de 2011

Demon's Tale


Ela era tão religiosa que poderia ser canonizada pelo Santo Padre. Ia à igreja, orava, rezava, fazia caridade e ajudava com as tarefas dentro da Casa de Deus. Nunca cometeu (ou nunca deixou transparecer) uma infração sequer contra as leis humanas ou divinas. Aos 30 anos, ainda preservava sua pureza, pois ainda não havia contraído o matrimônio, esperando que Deus enviasse o homem certo para tal finalidade.

Em um de seus trabalhos humanitários, conheceu um garoto de 16 anos. Ele era muito bonito, de corpo mais maduro e rosto levemente infante, como se tivesse sido pintado por Rafael Sanzio. Também era de uma educação surpreendente para alguém que nunca tinha tido a oportunidade de estudar...era como se, ao contrário da maioria de seus semelhantes, a rua não o tivesse tornado amargurado. Com o tempo, se tornaram próximos ao ponto de ser chamada de mãe pelo garoto dócil. Isso era como o céu para esta mulher boníssima. Respeitar as leis de Deus, ajudar ao próximo e este próximo se tornar um filho... era como se ela fosse a própria Madonna, A Virgem, que ainda casta e possuía um filho.

Ah, mas esta relação era confusa! Ela as vezes sentia um amor maior do que o fraterno...e queria o corpo e a alma daquele garoto. Certo dia, ela adormeceu após a sua rotina noturna: ajoelhar-se ao pé da cama, rezar, fazer o sinal da cruz, beijar o crucifixo que pendia sobre a cabeceira da cama para, desta forma, deitar-se. Naquele dia, deitou-se muito tarde, por volta de meia-noite e começou a sonhar. Mas era um sonho diferente. Nada de céu, anjos, Deus ou qualquer coisa ligada ao divino. Muito pelo contrário, foi um sonho profano, sujo para seus padrões, vergonhoso como ela mesma diria.

Ele a despia do vestido vermelho, revelando os seios fartos e brancos, beijando-os e mordendo os mamilos róseos, enquanto ela entrava em êxtase. E ela abriu as pernas de muito bom grado, acomodando aquele corpo meio maduro e meio infantil, sentindo o calor do falo rasgando-a por dentro. A cada vez em que ela sentia a sua pelve batendo contra a dele, o tesão aumentava e ela o arranhava nas costas. Ele sussurrava "eu te amo, mãe" no ouvido dela e o calor aumentava, bem como a velocidade da dança. Ela acordou úmida, envergonhada de si mesma mas muito satisfeita e feliz.

Ela foi à igreja, se confessou, pagou as penitências e foi absolvida...mas ela quis mais. Quis tornar o sonho uma realidade. Encontrou seu filho na praça da igreja. Lá agiu como um demônio sorrateiro, soprando indiretas aos ouvidos do garoto, que não era nada inocente e não desperdiçaria uma chance daquelas. Fizeram tudo no subsolo da igreja, já que a mulher tinha acesso livre à todos os cômodos da Casa do Senhor. O garoto parecia se divertir com aquilo tudo, pois ria descontroladamente.

Ela engravidou do garoto, entrou em depressão, rezou e se curou. Em 3 anos, viu que o seu filho era diferente...naturalmente "maligno". Ela se culpou e achou ser um castigo de Deus por ter pecado. Ela se enforcou no quarto de sua criança. O espírito dela está no inferno, ao lado de seu amante, o garoto educado e bondoso.

*Esta história me foi transmitida pelo espírito do próprio garoto, que revelou seu nome: Mephisto*


Nota pessoal: Se crês que demônios são vermelhos, com rabos e chifres, engana-te. O pecado é belo, atraente, sedutor e viciante. Mephisto jamais seduziria mulher alguma se fosse como prega a igreja. Ele corrompeu mais uma alma, devorou-a e esta alma corrompida deu-lhe mais um filho, aumentando a legião de demônios. Cuidem-se e observem bem o que é belo! Nem tudo o que é belo, é divino.


Григорий Eфимович Распутин - Москова, 06/06/1916

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