domingo, 27 de fevereiro de 2011

Imaturidade


Nós, estivemos aqui durante anos, implicando com os mesmos erros.
Tentando fatalizar a causa do amor, da paixão, de todo o meio impossível.
Estamos contendo toda uma luxúria em nós mesmos. Sim, não temos aquilo que queremos, e o que podemos ter, não desejamos. Tentamos conter tudo, e esse tudo, pode explodir a qualquer momento. Estamos girando no meio do nada, sobre um espaço vazio e oco.
Estamos distantes uns dos outros, tão distantes...
Mas, sentimentos queimam as nossas peles fracas. Parece um inferno.
Congelamos de tanto ódio dos outros. Faltamos perder a respiração.
E continuamos intactos...
Reclamamos de todos os que nos cercam, inclusive os que estão bem longe de nós.
Amamos o jeito que vivemos, apesar que em muitas das vezes, queremos nos afastar.
Fugir para um lugar frio, sem nenhuma misera pessoa.
Nos consideramos fortes, e caímos. Choramos, provando nossa fraqueza.
Nos achamos fracos, e vencemos. Felizes, provamos alguma fortaleza.
Vivemos bebendo do mesmo cálice, tomamos do mesmo ar, comemos do mesmo fruto.
Em pecado nos deitamos, e em pecado levantamos.
Temos dias turbulentos.
Temos dias apaziguados, apesar de bem poucos.
Estamos em constantes mudanças, desde quando viemos a este mundo de gente medíocre. Onde, se acredita ser salvo pela fé, que ninguém possui.
Sim, enquanto uns acreditam na cruz, outros acreditam na arte.
É estranho, é impressionante.
Tão convictos de si.
É de se admirar.
Quando isso vai parar?
No dia em que o mundo acabar?
E quem sabe não é só uma farsa...
Eu acredito que não. Mas, acredito que sim. Humanos... Tão cruéis... Eles sempre acabam.
Acabam com seus corpos, acabam com tudo o que possuem, com todo o chão que pisam.
E nós continuamos aqui. Reprimindo, contendo. Estamos nos abstraindo da vida lá fora...
Estamos nos fechando cada vez mais...
Perdendo nosso foco de luz...
Ficando cegos...
Cegos ainda com amor, paixão, ódio, dor, doenças, amizades.
Nunca poderemos encontrar realmente, o que venha ser real.
Só mais dor, acima de ódio. Só mais ódio, acima de amor. Amor sobre paixão. Paixão sobre doenças.
Doenças curvadas para amizades...
Estamos nos despedaçando, e não percebemos. Estamos mudando, crescendo, e diminuindo. Evoluindo para o bom ou para o ruim. Estamos sendo criados, feitos para o mal ou para o bem.
Nós nos distinguimos entre todos os outros. Mas, às vezes, chegamos a nos parecer.
E mais uma vez... Aqui estamos.
Numa mudança constante, nos perdendo cada vez mais.
Estamos em êxtase... Enquanto aqui nós estamos.
Brigando por nada, chorando por coisas que deveriam estar certas, estamos com medos, somos infantis para perceber que somos.
A verdade é que estamos morrendo, e nem estamos notando.

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