quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Le Sadisme, La Colère et L'amour ... l'hérésie et le sacrilège


A cianose cutânea revelava o óbito daquela fêmea pendurada pelos pés no teto do quarto. O chão estava respingado do sangue que escorreu pela boca de Antinko, que gemia como se fosse um humano agonizante e aterrorizado pelo espetáculo arquitetado por Maxim.

- Venha, meu querido! Eu vou te ajudar a se levantar, apesar de que com todo esse sangue que você bebeu, não seria necessária a minha ajuda. Tsc tsc. Você é tão mau, Antinko. Olha só como você deixou a moça! Tá completamente seca, sem uma gota de sangue sequer. - Maxim abre um sorriso largo, diabólico e característico de quando se diverte com suas insanidades.

- MONSTRO! MONSTRO! MONSTRO! - Antinko grita desesperado e chorando o sangue que acabara de beber.

- Você já sabia disso, meu amor. Mas confesse, eu sou o monstro mais genial que existe, não? Onde é que você vai arrumar alguém que faça as coisas tão belas e tão perfeitas quanto eu?

- Por que fez isso? O que diabos essa mulher te fez? - a risada insana de Maxim ecoava pelos ouvidos de Antinko.

- Ela invadiu a minha mente junto com você, meu anjo! E você não deve pertencer a mais ninguém que não seja eu...

- Você está louco? Eu nunca vi essa coisa na minha vida...nunca enconstei nela! - Antinko grita e chora.

- Vou te tirar daí. E vou secar essas lágrimas.- Maxim se abaixa e põe a mão no rosto de Antinko e o olha carinhosamente, numa cena contraditória em que o amor se mostra através do ódio.

- Vou secar essas lágrimas que maculam seu rosto, meu amor! - a língua de Maxim percorre o rosto manchado do seu anjo, lambendo-lhe o sangue do rosto enquanto a mão passeia pela outra face ainda manchada.

- Max...

- Eu posso te machucar, Antinko, mas depois vou lhe acariciar e beijar todas as marcas deixadas por mim, assim a sua dor será aliviada pela frieza dos meus lábios.

- Eu disse que não fiz nada! Mas se você se sente assim, ferido, então que você dilacere a minha carne...desde que me beije depois. Eu cheguei a querer essa mulher e poderia ter tido, mas não quis...

- Não consigo acreditar! Foi tudo tão real em minha mente...talvez leve um tempo, talvez eu nunca acredite...

- Basta que você não se afaste, Max!

Maxim pega Antinko no colo e os ferimentos já fechados, não deixavam vestígio daquele teatro armado pelo jovem demônio. Antinko é deixado em uma cama macia.

- Não me afastarei tão fácil...eu sempre beijarei seus ferimentos, Antinko!

- Pois então eu espero outro tipo de dor...

Mais uma vez, a mão de Maxim toca uma das faces de Antinko, apertando-lhe as bochechas até que suas unhas façam o sangue escorrer. A outra face? Bem, nesta passeiam os lábios e a língua vermelha de Maxim, que deita sobre Antinko, cobrindo-lhe. Já Antinko, abre as pernas para acomodar Maxim.

- "Então você a terá! - A expressão de Maxim se torna a de um psicopata sádico.

- Max, acho que eu sempre quis isso, desde o começo. Acho que eu sempre quis isso, lá no fundo.

- Hmm, mas eu vou bem lá no fundo, Antinko!

- Idiota! Você entendeu o que eu disse!

- Eu só ia perder a oportunidade de irritar você, meu querido.

Maxim se mostrou um ótimo amante, apesar da sua monstruosidade nata. Antinko foi coberto pelos beijos dos frios lábios de Maxim. Ele não se apressava, jamais. Gostava de tudo perfeitamente arquitetado, até mesmo o sexo.
Mesmo acomodado entre as pernas de Antinko, Maxim se ergueu sobre os braços e beijou a boca de seu querido, mordendo-lhe os lábios para que o sangue escorresse em dois pequenos fios vermelhos. Logo em seguida, saiu lambendo-lhe o sangue na boca e descendo para o peito. Naquela posição, Maxim parecia um réptil com sua língua ágil deslizando pelos mamilos róseos de Antinko.

- Max, você... - Antinko não conseguia falar, porque o prazer o tomava e a respiração estava ofegante.

- Antinko, seus pés são uma das melhores partes do seu corpo. Não diga nada! Deixe tudo por minha conta, meu querido!

Então os pés de Antinko foram beijados, bem como a sua barriga. Maxim acariciava todo o corpo que se encontrava ali na cama e cada centímetro de pele foi explorado em sua textura, tom e aroma. Com uma força descomunal, Antinko foi virado, expondo suas nádegas arredondadas e quase femininas.

- Vai com calma, Max!

- Você que está ansioso! Eu não falei nada. Mas não se preocupe porque você não vai ficar intacto por muito tempo.

Maxim apertava as presas contra a nuca de Antinko, descendo os lábios pela dorsal, fazendo-o gemer. Ambos gemiam como se fossem humanos, mas os sentidos vampíricos aguçados aumentavam ainda mais todas as intensas sensações.

- Antinko, você não é meu, agora.

Mordidas nos glúteos, tapas e apertões. Maxim ria e se divertia muito com tudo aquilo, porque o sangue recém-ingerido por Antinko fez com que seus glúteos ficassem marcados de vermelho e o jovem demônio adorava marcar os corpos. Mais do que prazer físico, era tabém psicológico.

- Você disse que iria limpar cada gota de sangue de mim, não é? - Maxim, neste instante, já beijava e chupava os testículos e o pênis de Antinko. - Então beije até que não haja outro lugar vermelho além da minha boca.

- Meu amor, agora é a hora em que a diversão começa - Aquele maldito sorriso novamente no rosto.

- Vou me divertir mais? Isto vai ser interessante!

- Você nem sabe o quanto!

Maxim ergue o corpo de Antinko e o coloca apoiado sobre as mãos e os joelhos. Antinko sente Maxim tocar-lhe as nádegas com o falo ereto.

- Hum, o que será isso?

- É surpresa, meu amor!

A penetração acontece. Não a penetração do falo, mas a do punhal de Maxim na garganta de Antinko.

- O que...

- Eu disse que era surpresa, meu amor! Eu ainda não te fiz sofrer o suficiente.

O punhal de Maxim circunda o pescoço de Antinko, quase separando a cabeça do corpo.

- Você ainda não vai morrer pela segunda vez, Antinko. Eu não vou destruí-lo, mas vou infringir dor a cada parte do seu corpo, até que eu me canse! - Aquele corte não era suficiente para matá-lo, mas vampiros também sentem dor. Antinko estava incapacitado de falar e a poça de sangue se formava no lençol.

- Seu precioso sangue, que foi roubado de outras pessoas, vai me servir de tinta, meu amor.

Com o lençol enrolado feito uma ponta de pincel e somente com a "tinta vermelha", faz um quadro aterrador na parede. Ele representa a si próprio como sendo o demônio que corrompeu o anjo Antinko, arrancando-lhe metade de cada asa. O anjo desnudo cobre o rosto com as mãos, como se estivesse lamentando a sua queda. O demônio Maxim era o próprio Mephisto, um Inccubus de face coberta de luxúria, que toca sua língua longa, pontiaguda e imunda no pescoço do anjo que se lamenta, enquanto sua mão repousa sobre o sexo do anjo em um afago pervertido.

- Este nosso retrato será finalizado com um texto dedicado a nós, Antinko.

[O gosto do seu sangue em minha boca,
Meus dentes em seu pescoço,
Minhas mãos nas suas nádegas.
Ah, nada como o amor cheio de luxúria
Com o tempero criado pelo Marquês de Sade!

Meu Antinko, como eu amo a expressão
De terror em seu rosto, ouvi-lo gritar de dor,
Gemer de prazer enquanto meus dentes atravessam
A sua carne branca e não-morta!

Adoro aterrorizar o pouco de humano em você,
Tocar seu corpo como se você fosse meu escravo,
Fazer com que derrame lágrimas de horror ou asco
E depois fazê-lo derramar lágrimas de alívio quando
Repousa seu corpo belo junto ao meu.
Eu, uma única e genial criatura capaz de
Provocar dois sentimentos distintos quase opostos.

Eu lhe torturo somente porque eu te amo, Antinko,
Porque você conseguiu cativar o próprio demônio
E as relações com o demônio custam caro, meu querido.

Meu amor é diabólico, aterrorizante, prazeroso e sincero.]

As letras cuidadosamente feitas, com uma fonte que relembra o estilo dos manuscritos de Da Vinci, narram a história do quadro pintado em sangue.

- Meu amor, esta é a nossa história, o nosso amor, nosso ódio, nossa desgraça. O nosso quadro,o nosso amor e o nosso laço batizado de "Sacrilégio, Heresia e Profanação".

Um comentário:

  1. *---* Perfeito...nossa como você escreve bem...eu quero Ler mais T-T

    Abração: Adriano Mega Theriom

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