quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Sturm


Só o vazio
Só o silêncio
A dor nos olhos
O amargo na boca
As lágrimas se acumulando

O cheiro de podridão
O veneno que se espalha como praga
Os ouvidos cansados de tanto barulho
O corpo moído pela pressão
A mente dilacerada
O espírito corrompido
A luxúria no olhar
O amor no coração

A guerra em meus punhos
A paz além de mim
As pessoas se aglomeram
E respiram o meu ar
O cheiro delas me enoja
E a ânsia vem em jatos

Pouco há de bom para mim...
Vamos, me dê o seu corpo e deixe-me
Lamber, morder e chupar tudo o que há
Em você, tirando tudo o que tem de bom.
Mais do que o seu corpo, quero a sua
Essência que me fascina!

Não me magoe e não sofrerá magoa
Por minha causa. Não precisa de armas
Para ter algo de mim, pois basta estar
Provido somente de sinceridade.

Talvez eu seja só um louco perdido,
Acompanhado de uma bailarina surgida
Do oceano profundo...
A Bailarina que dança a mesma música
Que ressoa nos meus ouvidos.
A bailarina que, todos os dias,
Dança a morte do cisne e que
Dança para trazer o Ar de volta
À vida...

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