A chama

Humanos são tão patéticos...
Colocam em sua cabeça uma idéia
Rompe tudo o que lhe alimenta
E aquilo que o julga ético
Junta todos os seus medos, numa pangéia
Divide-se ao sabor picante, pimenta!

Coçam suas cabeças, numa dança eloquente
Liberta-se de sua carcaça, como morto
Joga fora tua vida, tua alegria
Dá lugar à chama, inconsequente
De tua felicidade faz um aborto
Fecha-se em suas lembranças, em que ria...

São como palitos de fósforos, intensos
Riscam em seus sonhos, padecem
Lutam contra essa chama, inútil!
Terminam suas vidas expelindo incensos
Vendo sua vida fugir de si, esqueçem...
Mortos, fuzilados por um fuzil