quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Sentir, Ver, Fingir


Já se sentiu vazio, como se cada partícula do seu corpo, se distanciasse uma da outra? Como se houvesse vácuo em vez de matéria?
Já olhou para as estrelas e as viu sangrarem?
Sentiu-se, alguma vez, vigiado ou reprimido por todos?

Essas sensações são voláteis...vão e vem, aparecendo e desaparecendo repentinamente. Incomodam muito porque são assustadoras.

A pior das sensações é a de ter sua vitalidade sugada por algo que você nem sabe o que é. É como se fosse um vampiro, que se alimenta de você, mas não te mata...pior do que isso, ele te deixa agonizando e pensando o que se passa com seu corpo e com sua alma.

Parar, após uma briga, olhar para as constelações...você busca a paz, mas vê o sangue pingar, como se Órion disparasse uma flecha contra Centauro ou Centauro disparasse contra Aldebarán e eles derramassem seu sangue cósmico sobre você, bem entre as suas pernas. É assustador, inexplicável ou, até mesmo, assustadoramente inexplicável ver uma estrela sangrar. Ela sangra por si própria, sangra por ti ou seu sangue que ascende ao cosmo por algum motivo?

As pessoas lançam olhares sobre você, porque você não anda distribuindo sorrisos. Sorrisos que todos distribuem, são sorrisos sociais...daqueles somente pra agradar as pessoas e para que digam "que garotinho simpático, que bonitinho!"

Não faço questão de sorrir somente para agradar as pessoas. Mas se querem que eu sorria para parecer simpático, assim será. Saibam que prefiro sorrir para o meu piano e para minha música, pois estes, sim, me fazem sorrir com sinceridade.

Talvez esse vazio nunca seja preenchido, talvez o céu nunca pare de sangrar, talvez eu nunca sorria de verdade...talvez...

Um comentário:

  1. Sangue, pq tem que ser sangue?
    Não precisamos sorrir pra ninguem /dikassa pra vc sabe quem.
    Alguem um dia preenchera o vazio, eu garanto brat.

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